quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Conto do mês:Um gesto de amor pode salvar uma vida. Parte I

Vou lhes contar uma história da vida real que nos mostra que um gesto de amor pode fazer a diferença na vida e contribuir para transformar este mundo num lugar melhor para se viver.Gostaria que mais uma vez vocês me dessem o privilégio, o grande prazer da sua companhia acompanhando essa minha narrativa. Isso muito me alegrará pois espero que  minhas  palavras possam aumentar a força, a esperança, a fé de quem  estiver precisando nesse início de mais um ano de passagem nossa pelas estradas da vida. Posso afirmar com certeza que...

Um gesto concreto de amor pode salvar uma vida.



Ela era ainda bem pequenina. Tinha apenas cinco anos de idade quando foi abandonada pela mãe por total impossibilidade de sustentá-la. Aos seis anos era obrigada a trabalhar como gente grande na casa da família que a acolheu quando abandonada,para poder sobreviver. Levantava-se ainda de madrugada para lavar coador de café,bule e canecas utilizados no preparo do café da manhã na bica que ficava a uma certa distância da casa.Logo após tomar o cafezinho com um pedaço de angu doce oferecido pela dona da casa, saia com os adultos para a lavoura afim de  colher folhas de fumo para depois ajudar  na  fabricação do fumo,segunda fonte de renda daquela família. Ainda tinha que varrer o enorme terreiro,varrer o curral do patrão,lavar o chiqueiro... A pobre menininha se lembrava do Papai do Céu de quem ouvia seu papai tanto falar com respeito,fé e amor na tentativa de distraí-la para esquecer a fome quando ela ainda morava com ele e seus irmãos. _"Deus é muito bom minha filha! Ele vai nos ajudar!Você vai ver, tudo vai passar!"-Dizia-lhe o pai."Onde está o Papai do Céu que meu papai tanto falava?Será que Ele se esqueceu de mim"?Assim pensava ela enquanto  manipulava a pesada manivela da máquina de fazer fumo ou segurava a enorme vassoura feita de ramos verdes durante a limpeza do terreiro, ou ainda durante a limpeza do curral e do chiqueiro,tarefas diárias difíceis e que pareciam intermináveis para a pequena órfã. Lá no fundo do seu coraçãozinho,esperava.Afinal seu papai nunca lhe mentira!Esperava e pedia ao Papai do Céu para ser feliz como as outras crianças que via brincando despreocupadas nos quintais enquanto ia aos domingos na Igreja para assistir a missa das crianças. E durante a pregação do Evangelho,sonhava com aquele Jesus amigo das crianças que sempre fazia parte das palavras do celebrante.Jesus que ensinava,curava,defendia os fracos,devolvia a vida... Era o seu herói. E era Filho de Deus e também era Deus!Bem, isso era complicado para a sua cabecinha.Mas se era Deus, na certa viria mudar sua vida,como lhe afirmara o pai, lembrava ela. Mas esperava que Ele não se demorasse muito pois não sabia quanto tempo ainda poderia suportar tanto sofrimento. Uma vez  a "fome" foi tanta que a menina desmaiou na Igreja,enquanto fascinada ouvia o celebrante contar histórias do seu grande Herói  de nome Jesus.

Até que um dia, duas meninas que tinham mais ou menos a sua idade indo brincar para os lados da casinha onde vivia, a conheceram.Percebendo a tristeza daquela criança que se esforçava para rodar o pesado equipamento utilizado para "curar" a trança de fumo durante a sua fabricação,se sensibilizaram com a cena. Correram para a casa da avó, dona da propriedade e disseram: _ "Vovó, a senhora não imagina o que acontece na casa de um dos colonos daqui do sítio! Uma menininha do nosso tamanho está  fazendo um trabalho muito pesado para ela!Ela sofre muito"! As duas generosas crianças haviam percebido no seu lindo coraçãozinho cheio de amor que a desconhecida menina estava perdendo sus infância e talvez perdesse  toda a possibilidade de uma vida digna.

                                                                                                             Continua...

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