sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Bater nos filhos: 10 lições de psicanalistas

 

Muitas pessoas ainda acreditam que castigos físicos fazem parte de uma boa educação. Mas será que não é possível estabelecer limites sem bater nos filhos? Claro que é. Diversas pesquisas na área da psicologia já demonstraram que esse tipo de castigo pode resultar em problemas da vida adulta como depressão, síndrome do pânico, ansiedade, etc.

Pais que perpetuam a atitude de bater nos filhos, são aqueles que foram educados dessa forma. Em contrapartida, há aqueles que já perceberam que para impor limites não é necessário utilizar a violência física. Assim, a busca do diálogo com os filhos aliada à aplicação de consequências tem sido o caminho para que a violência fique de lado dentro do ambiente familiar.

Quais são as consequências para a criança que apanha dos pais?

O ato do castigo físico é considerado como uma lição para os filhos. Infelizmente, tudo que carregam após apanharem são mágoas e marcas dolorosas. Dessa forma, a criança começa a entender que bater é a ação que controla determinada situação. Nesse contexto vamos agora listar as consequências de bater nos filhos para as crianças:

• Medo excessivo:

A criança começa a ter receio de quem é mais forte. Assim, isso resulta em um adulto com problemas psicológicos, pois tem medo de ser repreendido a todo momento;

• Bater é a solução:

Não sabe lidar com conflitos. Nesse contexto, a única referência que ela possui é que são solucionados por meio de agressão;

• Sem diálogo:

Assim como já foi pontuado anteriormente, a conversa é colocada num patamar abaixo dos tapas. Contudo, isso traz consequências ruins para a fase  adulta.

Assim, a criança que passou toda a infância sendo castigada fisicamente, pode tornar-se o adulto que tem o anseio de fazer a mesma coisa com todas as pessoas que a incomodam de alguma forma.

• Baixa autoestima:

Por conta das violências sofridas, a criança começa a sentir-se inferior a outras pessoas;

• Riscos de desenvolver doenças psicológicas:

É mais comum que crianças que sofrem violência física desenvolvam a depressão;

• Adolescentes que tentam suicídio:

A criança cresce com vontade de escapar de pais que querem bater nos filhos. Portanto, isso fica mais presente durante a adolescência, que por sua vez é um período onde as revoltas se manifestam com um ímpeto maior do que na infância.

Por que os pais sentem-se autorizados em bater nos filhos?

Existem quatro pontos que explicam a ação dos pais violentos. Veja os motivos:

Espelho da infância: A educação recebida torna-se um ciclo. Assim sendo, há a tendência de quem foi violentado durante a infância utilize o mesmo recurso para educar seus filhos;

Necessidade de estar no controle: A agressão nada mais é do que fazer a vítima sentir medo. Portanto, isso traz uma boa sensação para quem possui a necessidade de controlar tudo;

Estresse: Muitos adultos não conseguem separar o dia a dia do trabalho com a vida familiar e acabam descontando tudo nos filhos;

Vícios em drogas: O uso de drogas pode desencadear casos psicóticos. Assim, esse vício pode ser descontado nos filhos.

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Não seja covarde: Seu filho é uma criança indefesa e com nem metade do seu tamanho. Você é a pessoa mais forte da situação. Nesse contexto, o que seu filho pode fazer contra você para se defender? Nada.

Ampliação de dores: A criança sente duas dores ao apanhar: a física e a da alma (essa é difícil de curar);

A confiança é perdida: Os pais que deveriam ser vistos como pessoas que dão segurança aos seus filhos, acabam por se tornar aqueles em que eles possuem mais medo de confiar;

Seus filhos podem se tornar pessoas extremamente frágeis: A agressão física, muitas vezes, resulta na incapacidade de reação;

Como será durante o seu envelhecimento? Quando seus filhos estiverem no controle e você for a pessoa indefesa que precisa de ajuda, tudo pode se inverter no relacionamento entre vocês. Nesse contexto, não poderá reclamar se seus filhos o abandonarem durante a velhice,  pois isso será o espelho das suas ações. Assim, lembrará com tristeza de quantas vezes fez com que seus filhos sentissem acuados e sozinhos diante do mundo.

Psicanálise e educação infantil: 10 lições para os pais

1. Cada criança é única:

Não compare seus filhos com outras crianças. Esse tipo de atitude pode gerar ansiedade e frustração na criança. Lembre-se que cada criança possui seu ritmo de desenvolvimento, principalmente, quando estão aprendendo coisas novas na escola. Dessa forma, é muito importante não castigá-las fisicamente por ter dificuldade em algum dever escolar, pois isso vai gerar problemas de aprendizado.

2. Seja presente:

É importante para a criança ter os pais presentes para o estímulo da sua autoconfiança. Portanto, é necessário que a criança saiba que possui alguém por perto para auxiliá-la em suas tarefas.

3. Não aponte erros o tempo todo:

É muito comum que os pais digam para a criança “você não faz nada direito”. No entanto, isso gera muita frustração. Nesse contexto, elogie as tentativas dos seus filhos quando realizam alguma tarefa, como arrumar a cama, organizar os brinquedos, etc. Assim, eles terão vontade de continuar realizando essas pequenas tarefas.

4. Converse:

A criação com base no diálogo é de extrema importância ao contrário do castigo físico. Assim sendo, quando seu filho fizer algo de errado, sente com ele. Dessa forma, converse e explique as consequências dos atos. No entanto, por outro lado, pode puni-lo de alguma forma, por exemplo, privando-o de algo que gosta de fazer por uma ou duas semanas.

5. É necessário saber falar “não”:

É dessa forma que conseguirá impor limites.

6. Imponha regras:

A criança precisa entender que tudo tem sua hora, portanto evite realizar todos os desejos dela. Isso principalmente quando não são de sua vontade e você só o realiza para que ela pare de insistir.

7. Procure ajuda psicológica caso seja necessário:

É importante observar bem a criança e se observar que ela está passando por algum problema, como por exemplo, fechar-se muito ou aparentar muita tristeza. Nesse contexto, está na hora de buscar ajuda psicológica. Assim sendo, será possível investigar a causa do problema.

8. A criança precisa ter rotina:

Rotinas e hábitos saudáveis ajudarão as crianças no futuro. Assim, por exemplo, saberão lidar com questões do trabalho com disciplina e destreza.

9. Seu filho não é o espelho das suas vontades:

Entenda seu filho como um ser autônomo que possui seus próprios sonhos. Assim, não pode colocar o que almejou conquistar na bagagem dos seus filhos.

10. Escute-os:

É muito importante para as crianças, pais que as ouçam e entendam seus conflitos.

Com tudo que foi apresentado, pode-se concluir que bater nos filhos não é uma solução e sim a criação de um problema grave. Assim sendo, deixe que seus filhos sigam os caminhos deles e que aprendam com os erros. É importante que eles saibam que possuem pais para contar como guias desta caminhada. Lembre-se vocês não são eternos. Portanto, não poderão estar ao lado dos seus filhos para sempre, por isso estimulem a autonomia.

Agora conta aqui nos comentários se você concorda ou não com a questão de bater nos filhos. Como é a sua relação com seus filhos? Conflituosa ou harmoniosa?

                                                               Fonte: Psicanáliseclínica. com

Amados, tendo durante décadas cuidado de crianças tenho observado o comportamento delas. E conclui a diferença entre o modo de agir e reagir na interação com os outros e com o mundo de uma criança educada com amor, diálogo, carinho e a criada com negligência e maus tratos tipo gritos, tapas...

Por esta razão quis começar este ano postando esta publicação com a qual concordo totalmente porque sendo órfã, em determinados momentos da  minha infância fui também vítima de violências. Senti na pele os efeitos que a  violência tanto física quanto verbal pode causar no emocional de uma criança. Baixa autoestima, medo exagerado das pessoas e  temperamento agressivo são algumas das consequências que tenho até hoje lutado para superar.

Temos observado que, neste tempo de pandemia, pais ou adultos responsáveis, dominados pela ansiedade ou pelo estresse, tem respondido com agressividade as atitudes de hiperatividade das crianças,batendo, gritando ou castigando por qualquer motivo. Se esquecem que, se as crianças ficam mais rebeldes nesta época é porque também estão estressadas por serem obrigadas a ficarem dentro de casa sem muitas atividades diversificadas. O que precisam é de mais atenção, diálogo e brincadeiras divertidas para se cansarem e não de mais castigo e violência.

Se você tem uma criança para cuidar quer seja filho, aluno, neto, tente utilizar o diálogo e a pedagogia do amor. Os resultados serão compensadores e contínuos.

Um grande beijo em seu coração. Fique com Deus e que Ele abençoe sua vida durante todo este novo ano que se inicia.

 

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